quinta-feira, 9 de maio de 2013
Relação professor x aluno
Educar é proporcionar ao aluno conhecer a si próprio, leva-lo à
consciência de poder ser mais, reconhecendo que é chamado a encontrar-se no
mundo com o outro e não mais solitário em seu “mundo”. Portanto, o
professor como mediador para ensinar o aluno a ser reflexivo precisa estar
atento a todos os elementos necessários para que o aluno aprenda e se
desenvolva integralmente.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Formação continuada
O profissional desinformado das pesquisas recentes sobre educação, ou mesmo aquele
que não domina os conhecimentos teóricos necessários para a prática pedagógica, é incapaz
de diagnosticar aquilo que é necessário que o aluno aprenda, bem como levar esse aluno a se
apropriar dos conhecimentos essenciais para seu pleno desenvolvimento como cidadão. Dessa
forma, a atualização do professor tem uma influência direta no resultado da aprendizagem do
aluno.
que não domina os conhecimentos teóricos necessários para a prática pedagógica, é incapaz
de diagnosticar aquilo que é necessário que o aluno aprenda, bem como levar esse aluno a se
apropriar dos conhecimentos essenciais para seu pleno desenvolvimento como cidadão. Dessa
forma, a atualização do professor tem uma influência direta no resultado da aprendizagem do
aluno.
terça-feira, 7 de maio de 2013
http://of2edu.blogspot.com.br/2008/04/atividades-ensino-infantil-e.html (recomendo)
Formação continuada docente – relato de uma experiência
Falar
sobre formação continuada de professores é sempre um desafio. Embora
existam opiniões divergentes sobre como ela deva acontecer, uma coisa é
certa: a formação superior não é suficiente para preparar um professor,
pois esta construção se faz na prática e na reflexão sobre a prática,
como nos alerta Paulo Freire. Este profissional, como todos os outros,
precisa de atualização constante ao longo de sua carreira. Os cursos são
importantes e necessários pois, de certa forma, suprem as deficiências
da formação inicial e permitem que os professores troquem experiências
com outros educadores desenvolvendo, assim, a aprendizagem ao longo da
vida de forma colaborativa.
O
ideal é que sejam ofertadas oportunidades de formação constantes e não
apenas pontuais, de modo que os professores possam aplicar na escola o
que vivenciam nos cursos e que tenham a oportunidade de relatar suas
experiências e refletir sobre elas. A reflexão sobre a prática é parte
essencial do processo de formação. Em se tratando de cursos sobre a
utilização das NTICs, se esta reflexão não existir, corremos o risco de
apenas instrumentalizar os professores sem que estes encontrem
significado no que “aprendem” nas formações e não havendo, portanto,
qualquer mudança em sua prática docente.
A
experiência que vou relatar aqui como formadora foi vivenciada por mim,
este ano, e foi muito gratificante pelos resultados que pude acompanhar
através dos relatos dos professores durante os encontros presenciais e
também através de seus portfólios virtuais, construídos durante o curso
“Tecnologias na Educação: Ensinando e Aprendendo com as TIC”. Foram duas
turmas de 40 cursistas compostas por professores de sala informatizada,
supervisores, professores de educação infantil, fundamental I e
fundamental II. Ilustro meu relato com falas dos professores que
retirei dos fóruns, portfólios e avaliações do curso, pois é na voz
deles que ecoa esta experiência.
“Durante
o curso, além da aprendizagem de novos recursos, foi possível também
fazer uma reflexão sobre a minha prática pedagógica, pensei em tantas
coisas que nunca havia parado para pensar. Esse conjunto de aprendizado e
reflexão, foi um estímulo para que eu melhore cada vez mais o meu
trabalho com os alunos, então isso foi muito gratificante para mim.” Ana
Carine
“Este
curso me surpreendeu: sempre fiquei apreensiva com EAD, pois era algo
que nunca havia participado. Gostei muito pois com nossas correrias o
ensino a distância facilita e muito o aprendizado. O material utilizado é
excelente pois gera uma reflexão que nós precisamos como professores
cotidianamente fazer: pensar e repensar nossas ações! Desta forma, o
curso e a professora sempre desafiaram nossas ações, e é isto que nós
devemos receber: apoio, incentivo para nossas aulas.” Franciele
“Nestes
encontros não me senti aluna, mas aprendente. Foi uma sensação de
aprendizagem muito diferente, interessante! Fui presente, perguntei,
busquei e me superei porque esta é uma área que me serve muito como
ferramenta básica (digitar provas, fazer PPTs, etc.), mas, até a
participação no curso, não me impulsionava a novas buscas. Essa foi uma
grande conquista!” Nélia
O curso de 100 horas é ofertado na modalidade semipresencial, durante quatro meses, e faz parte do programa Proinfo Integrado.
Este tempo permitiu uma convivência que foi se estreitando ao longo do
curso, fazendo com que a interação entre os participantes se
aprofundasse. Os encontros presencias aconteceram quinzenalmente. Em
cada oficina apresentei uma nova ferramenta que não consta do conteúdo
do curso e que foi explorada e aplicada com os alunos, na escola.
Embora
os principais conteúdos do curso já estejam definidos, o formador tem
liberdade para atualizar, acrescentar ou aprofundar temas de estudo para
sejam trabalhados conforme o perfil de cada turma. O ambiente online
normalmente utilizado nestes cursos é o e-Proinfo, no
entanto, optei por criar um AVA próprio utilizando um blog colaborativo
com acesso restrito. Trabalho com blogs desde 2004 e, para mim, é uma
ferramenta bastante flexível e que permite a incorporação de vídeos,
áudios, sala de chat, fóruns, postagens individuais e coletivas, acesso
ao material online do curso, além dos conteúdos e atividades realizadas durante os encontros presenciais.
Para
cada módulo criei um fórum de discussão onde os cursistas interagiam
durante as semanas de estudos online. Para a maioria dos professores
estas atividades foram novidade; tanto o estudo individual a distância,
como a troca de ideias através de um ambiente virtual. Os fóruns tinham
como tema de partida o assunto principal de cada módulo, mas abriam a
discussão para questões práticas vivenciadas na escola e dúvidas sobre
as atividades a serem desenvolvidas.
“Os
fóruns eram muito instigantes e nos fizeram refletir sobre nossa
prática, então você ao mesmo tempo que aprendia, fazia uma avaliação da
sua prática e isto me deixou muito incomodada…percebi que preciso mudar e
melhorar muito ainda minhas aulas para tornar meus alunos mais autores
de sua aprendizagem.” Nádia
“A
interação com os demais cursistas também proporcionou a cada encontro
novas descobertas e mesmo a distância, lendo as discussões nos fóruns,
nas dúvidas e na troca de e-mails cada vez mais todos aprendiam.” Ilma
“Gostei muito dos fóruns, surgiram muitas discussões e com isso o aprendizado ficou mais significativo.” Antonia
A discussão
escrita ainda é um desafio para muitos, a maioria prefere a conversa
face a face durante os encontros presenciais. A organização do tempo
também é um grande desafio nos cursos a distância e a participação nos
fóruns, muitas vezes, acaba sendo deixada para a última hora. Este
também foi um importante aprendizado construído ao longo do curso. Por
isso, procurei iniciar cada encontro presencial com uma discussão sobre
os temas dos fóruns e um espaço de tempo para uma revisita e novas
interações com os colegas.
Quanto aos
conteúdos de estudo propostos pelo curso elegi dois como de aplicação
“obrigatória” para que os professores pudessem vivenciar estas
metodologias com seus alunos avaliar seus resultados: Mapa Conceitual e
WebQuest. A maioria dos professores afirmou já conhecer e utilizar mapas
conceituais em suas aulas, no entanto, este uso normalmente é apenas
ilustrativo, os mapas já vem elaborados nos livros didáticos. Os alunos
não são estimulados a construírem seus mapas. Este foi o primeiro
desafio prático proposto aos professores. Depois de estudarem sobre o
tema e exercitarem a elaboração de Mapas Conceituais utilizando o
software CMAP TOOLS, planejaram e aplicaram com seus alunos. Alguns não conseguiram instalar o software na escola e adaptaram utilizando as ferramentas de desenho do editor de texto ou outro programa. Os professores registraram cada etapa de aplicação da metodologia de Mapas Conceituais com sua turma. Os relatos
mostraram o envolvimento dos alunos durante as atividades e um maior
entendimento do assunto de estudo, segundo a observação dos cursistas.
Em relação à
WebQuest tive uma grande surpresa ao constatar que de cada grupo de 35
professores, apenas dois já conheciam esta metodologia e só uma
professora já havia elaborado e aplicado com os alunos. O curso
apresenta o assunto de forma muito rápida e superficial, por isso,
dediquei um tempo especial ao tema pesquisa escolar com várias leituras,
pesquisas e reflexões sobre o papel do professor como orientador deste
processo de aprendizagem. Os professores elaboraram as WebQuests usando o
editor de apresentações do Google Docs, mais uma ferramenta que foi
bastante explorada durante o curso, assim como o editor de texto para a
construção de um hipertexto colaborativo e o uso do formulário como
atividade didática. Depois de prontas, as WebQuests foram incorporadas
aos blogs/portfólios para serem trabalhadas na escola.
“Através
da pesquisa e da procura por ideias para elaborar a minha WebQuest
percebi o quanto essa ferramenta já é utilizada e o quanto pode
facilitar o trabalho dos professores! Por ficar disponível na rede, a
minha WebQuest pode também ser utilizada por outro professor e isso é
uma maneira de dissipar boas ideias e de facilitar a troca!
“Propor
uma atividade numa WebQuest além de ser uma maneira de integrar os
alunos com as TIC’s permite que eles possam acessar as atividades /
tarefas a serem feitas de onde quer que estejam, ou seja, o trabalho
pode ser iniciado na escola e os alunos podem dar continuidade a ele de
casa, retomando as tarefas, ampliando sua pesquisa, tendo mais tempo
para realizá-la se assim desejarem! Acredito que oportunizar a pesquisa
significativa em busca de informações relevantes para ter como resultado
a produção de um trabalho próprio (que foge dos trabalhos comuns de
pesquisa Ctrl C x Ctrl V) é um desafio que vale a pena encarar!”
Critiane
“Comecei
a aplicar a WebQuest com minha turma, percebi que com essa ferramenta
tirei as dúvidas e os anseios que surgem durante a explicação de um
trabalho. Os alunos saem de um ponto sabendo onde chegar e que caminhos
devem percorrer. Não ficam perdidos apenas por pesquisar porque o
professor pediu, pelo contrário, eles são envolvidos numa missão e é na
tentativa de cumpri-la que aprendem.” Maristela
“Foi a
primeira vez que trabalhei com WebQuest e os alunos me surpreenderam. A
participação foi ótima, a professora de sala deles é bem comprometida e
abraçou a ideia. Além do tema que ela mesma propôs, pois já estava sendo
explorado em sala, ainda desafiou a turma a trabalhar com outros
assuntos abordados nas aulas formando mapas conceituais. Construímos
assim, uma nova forma de estudar, de aprender, de organizar os conceitos
e conteúdos, pois além de ficar mais claro, fica menos extenso e
cansativo. Foi atrativo a eles, todos conseguiram realizar e pediram
para fazer mais vezes. Gratificante para mim e para a professora Marisa!
“ Denize
A construção
do blog foi uma das atividades que os cursistas mais aguardavam.
Aqueles que são professores de Sala Informatizada normalmente são
responsáveis pela manutenção do blog da escola, mas poucos professores
tinham seu blog pessoal, um portfólio onde pudessem publicar as
atividades e projetos que realizam na escola e ainda utilizá-lo como
recurso pedagógico para trabalhar com seus alunos.
“Em
relação ao blog sinto por não ter aprendido a utilizá-lo antes, é uma
ferramenta FANTÁSTICA! Ainda a estou descobrindo, porém o que já aprendi
me auxiliou muito durante as minhas aulas e meus alunos adoraram
visitá-lo.” Tatiane
“Não
posso deixar de comentar sobre como achei importante a criação de um
blog para cada cursista. Pois os alunos adoram realizar as atividades no
blog ou olhar as fotos, comentários e atividades que eles realizaram e
os pais dos meus alunos também acessam em casa para conferir as
postagens.” Maisi
“Criar
um blog e poder compartilhar com meus alunos trabalhos práticos e usando
uma ferramenta diferente que chama a atenção deles e a minha também
claro é fantástico, estou muito feliz!” Cristiane
“Me
realizei quando criei o meu Blog, fiquei muito entusiasmada, pois agora
posso compartilhar minhas atividades e relatos daquilo que realizo com
meus alunos, atividades as quais ficavam entre quatro paredes, na sala
de aula.” Tânia
Os temas de estudo e ferramentas exploradas durante os encontros presenciais foram descritos com mais detalhe nesta postagem, por isso, não vou me alongar aqui.
Ao finalizar
o curso “Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC”
com duas turmas de professores durante este ano, fica em mim a certeza
de que os cursos de formação continuada são importantes instrumentos não
apenas de atualização, mas também de motivação e de valorização
docente. Os professores sentem-se mais seguros e percebem o quanto ainda
há para aprender e que as tecnologias não são meras distribuidoras de
conteúdo, mas sim, ferramentas que educadores e alunos podem se
apropriar para construir conhecimentos, compartilhar descobertas e
dúvidas e buscar a solução de problemas.
“Chegando
no final do curso, minha avaliação geral é: tenho outra visão do uso
das mídias e internet com os alunos, pois vejo o quanto será possível
transformar nossas aulas e abrir um mundo novo para nossos alunos,
estimulando-os a serem participantes na construção do seu processo de
aprendizagem e não somente receptores de informações” Denize
“Aprendi
muita coisa nova neste curso e sei que ainda tenho muito a aprender,
que ainda tropeço em muitas coisas, mas agora já tenho um novo olhar no
que se refere as novas tecnologias, um olhar curioso, interessado e
atento” Valdirene
“Quando
surgiu a oportunidade de participar do EAD fiquei mais aliviada, porque
vi nesse curso a grande oportunidade de aprendizagem. Todas as tarefas
que apliquei com os meus alunos foram produtivas. Vi neles o entusiasmo
para a execução das atividades propostas e a minha satisfação pessoal
por poder proporcionar um novo desafio.” Lenira
“Este
curso me fez refletir sobre minha prática pedagógica, a forma que eu
elaborava meus planejamentos e pensava que conseguiria alcançar meus
objetivos, ficava frustrada por meus alunos não aprenderem o que eu
planejava, hoje vejo o quanto estava acomodada, hoje tenho ideias que
até eu me assusto e penso, será que vou conseguir? Estamos em uma era
digital, acompanhar os nossos alunos é um desafio enorme.” Cristiane
As novas
tecnologias e as mídias online possibilitam, por meio de uma formação
continuada aos professores, acesso ao conhecimento para inserir em suas
práticas pedagógicas a pesquisa e a construção do conhecimento em rede. É
preciso, portanto, que se invista mais na formação continuada dos
professores, estimulando-os a utilizarem metodologias inovadoras que
diminuam a rigidez das aulas e que permitam que a escola acompanhe a
evolução tecnológica da sociedade inserida na era da informação
Reportagem revista online (VEJA)
Educação
MEC prepara programa de incentivo à docência
Foco principal será atrair alunos do ensino médio para atuar como professores de matemática, física, química e biologia. Participantes receberão bolsa auxílio
Lecticia Maggi
MEC quer tornar carreira docente mais atrativa
(Agência Brasil)
De acordo com o coordenador do programa, Mozart Neves Ramos, ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o grupo de trabalho misto promoverá atividades com intuito tanto de auxiliar os professores de educação básica a melhorarem suas aulas, como despertar o interesse dos alunos em ingressar no magistério. Seriam pelo menos quatro horas semanais de trabalho conjunto.
"O jovem não quer mais ser professor e, para reverter este cenário, além de questões salariais e de plano de carreira, precisamos tratar da formação inicial. Um dos passos é aproximar a universidade da educação básica pública", afirma Ramos ao site de VEJA.
A meta do programa é atender cerca de 100.000 alunos do ensino médio. Eles ganhariam uma bolsa auxílio, em um valor ainda a ser definido. Seriam recrutados ainda outros 10.000 estudantes de cursos de licenciatura, que receberiam bolsas de 400 reais mensais.
O incentivo à docência é a frente principal do programa, mas outros dois eixos também estão em estudo, segundo Ramos. Um deles é para possibilitar que professores do ensino médio auxiliem docentes de instituições de ensino superior na elaboração de cursos de pós-graduação voltados a profissionais do magistério. "Às vezes, um professor universitário forma profissionais para a escola pública, mas ele mesmo nunca passou pela rede pública", afirma.
Enquanto isso, considera Ramos, há professores atuando em escolas públicas com grande conhecimento acadêmico e capacidade de contribuir na formação dos colegas. "Quando fui secretário de Educação em Pernambuco (2003 a 2006) lembro que havia na rede pública 73 professores doutores e 256, mestres", afirma.
A terceira e última frente do programa será focada em reduzir a taxa evasão dos cursos de licenciatura nas áreas de ciências biológicas e exatas.
Conforme Ramos, nos próximos 30 dias a proposta do programa será discutida com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a Academia Brasileira de Ciências, além de entidades científicas vinculadas às áreas de física, química, matemática e biologia. A expectativa é que o edital seja lançado em junho e enviado para apreciação das secretarias de educação, que têm participação facultativa. "A falta de atratividade da carreira docente não vai ser resolvida de forma isolada. É necessário um regime de colaboração entre o MEC, as secretarias de educação dos estados e as universidades", afirma.
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